Via Campesina e MST realizam ato de apoio à Chavez durante Jornada de Agroecologia

25 jul

“Haiti, Cuba, América Central: a Via Campesina é internacional!” Unidade entre os povos latino-americanos na construção de um projeto popular

por Hugo Kitanishi, de Londrina, Paraná

O tom foi da propaganda anti-imperialista e pela construção de um projeto latino-americano de poder. Para João Pedro Stédile, da coordenação nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), membro da Via Campesina Brasil, o inimigo é o mesmo. “A grande maioria dos problemas que
vivemos em nossa América são os mesmos, e se os problemas são os mesmo,
isso significa que nossos inimigos são os mesmos. E se esses inimigos são
os mesmos, precisamos de um projeto unitário para enfretá-los, pois esses
são os inimigos que exploram os paraguaios, que exploram os venezuelanos,
que exploram os latinos americanos”, anunciou a liderança sem terra.

“*El pueblo unido jamás será vencido!”* – Representações populares do
Paraguai, Uruguai, Haiti, Cuba, Colombia, Bolívia, Estados Unidos e
Venezuela, na melodia de Mercedez Sosa, faixas (‘Agroecologia Soberania
para los Pueblos de America Latina’; ‘Campesinos Estamos con Chavez’) e
bandeiras (Via Campesina e diversas nacionalidades), abriram o *Ato de
Integração dos Povos da América*.

O Ato integrou a programação da *11ª Jornada de Agroecologia* e ocorreu no
ginásio coberto João Santana, do Centro de Educação Física e Esportes
(Cefe), da Universidade Estadual de Londrina (UEL) – que sediou a 11ª
edição do evento.

Nas falas das representações populares, a soberania alimentar, a luta pelos
direitos humanos e o recente golpe de Estado no Paraguai. “Em Cuba a
reforma agrária significou saúde, educação e qualidade de vida. A revolução
emana da consciência, mas fundamentalmente do coração!”, frisou a
representante cubana.

*Stédile –* O membro da Via Campesina afirmou que hoje a América Latina
vive um período de transição, sendo que há vinte anos o método de subjulgar
a classe trabalhadora latino-americana foi a ditadura militar. “Hoje tentam
recolonizar os povo da América com bancos (o mercado financeiro) e Tvs”.

Para Stédile a vitória de Hugo Chávez na presidência da Venezuela abriu
precedentes para a vitória de governos progressistas na América Latina,
como é o caso de Dilma Roussef no Brasil. Ainda segundo a liderança, a
relação entre os povos da latino-americanos deve promover uma integração
para além das alianças entre os governos e economia. “Um projeto de
integração para romper a barreira entre os países, onde cada médico
sinta-se responsável por cada indivíduo na América Latina”, descreveu.

“*Agora é a hora de afirmarmos um compromisso com Chávez!” – *De acordo com
o membro da Via Campesina Brasil, a perda das eleições de Chávez seria uma
derrota para o conjunto das classes populares da América Latina.

“Me comprometo, em nome do meu movimento e do povo brasileiro, a lutar sem
descanso contra todos inimigos comuns; ser solidário com todos os povos que
lutam; ser solidário com o povo da Venezuela; e desde aqui do Brasil dizer
de alto e bom som: os camponeses da américa latina, estamos contigo Chávez!
A la vitória! Pátria Livre: Venceremos!”, juramentou Stédile em conjunto
aos quatro mil participantes da 11ª Jornada de Agroecologia, em Londrina
(PR/Brazil).

*Jingle da campanha –* Para declarar apoio a Chavez, o cantor e compositor
brasileiro, Pedro Munhoz – membro do MST –, criou dingle de apoio do povo
brasileiro à campanha do atual presidente da Venezuela para as próximas
eleições.

Dentre as rimas que compõe a canção, “Mescla de tanta gente/Nesta terra de
Che Guevara/Somos parte, sim senhor/Somos filhos da Mãe Terra!”

Pedro Munhoz encerra com o seguinte refrão, “Venezuela segue em frente,
nossa voz e nossa vez, o Brasil está contigo: Chavez, Chavez!”.

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